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A revolução silenciosa das newsletters - Wowletter 13
(e por que elas estão se tornando o canal mais estratégico do digital)

08 de Agosto de 2025 - Edição 13
“Ah, ninguém mais lê e-mail.”
Você provavelmente já ouviu alguém dizendo isso e talvez até tenha repetido em algum momento.
Enquanto essa frase ecoa por aí, existem criadores de conteúdo construindo negócios altamente lucrativos, simplesmente escrevendo… e-mails!
Sim, newsletters. Hoje, vamos falar sobre elas e muito mais.

Nesta edição:
Por que as newsletters voltaram com força (e o que o excesso de conteúdo tem a ver com isso)
Os 3 modelos mais usados para ganhar dinheiro com uma newsletter
O que tem feito a wowletter se tornar um canal com taxa de abertura altíssima
O passo a passo para criar a sua newsletter — com plataforma, formato e estratégia
Case da semana: de demitida a 60 mil leitores ativos
Nos últimos meses, tenho observado com ainda mais atenção como os hábitos de consumo de conteúdo têm mudado. A sensação geral é de excesso. O feed está cada vez mais lotado de vídeos curtos, mensagens repetidas, conteúdos gerados por IA, fórmulas prontas, tendências instantâneas.
É como se estivéssemos consumindo demais e absorvendo de menos.
É por isso que, aos poucos, muitas pessoas começaram a buscar outros formatos. Lá fora, esse movimento tem sido descrito como strike behavior… um comportamento de ruptura, onde o público começa a sair do ciclo acelerado da dispersão e procura por espaços de foco.
Isso explica o retorno dos vídeos longos no YouTube, o crescimento dos podcasts e, claro, o renascimento das newsletters.
A newsletter representa esse momento de pausa com propósito. É diferente de tudo que a gente encontra nas redes sociais. É uma entrega que chega na sua caixa de entrada, no seu tempo, com começo, meio e fim. É um conteúdo que você escolheu receber de alguém que você confia. E essa combinação tem se tornado cada vez mais valiosa.
Os três modelos mais usados para monetizar uma newsletter

Existem basicamente três caminhos para ganhar dinheiro com uma newsletter:
O primeiro é o de assinatura paga, como o Lenny Rachitsky, que escreve sobre produto e startup e fatura milhões com leitores que pagam mensalmente.
O segundo é o de publicidade, como o caso da Morning Brew, que cresceu tanto que foi comprada por 75 milhões de dólares e hoje vive de marcas que pagam caro para anunciar num espaço com atenção garantida.
E o terceiro é o de venda de produto próprio (cursos, mentorias, consultorias), que é o que eu mais me identifico e já uso como posicionamento de longo prazo.
A minha experiência com a Wowletter

Eu criei a wowletter porque sentia que os conteúdos nas redes estavam ficando rasos, repetitivos e, de certa forma, previsíveis. Eu queria um espaço onde pudesse escrever com mais liberdade, trazer reflexões, cases reais, comportamento, mercado e tudo o que não cabe num post. Eu queria um lugar pra dialogarmos sem tantos cortes.
A estrutura tem blocos fixos e uma lógica editorial muito clara — o que ajuda tanto quem escreve quanto quem lê. Enquanto o "normal" do mercado é uma taxa de abertura de 10%, a nossa wowletter alcança 40%, 45% de abertura.
Este é o poder do DNA differ!
E mais do que isso, criamos um canal que realmente gera vínculo com quem está ali. A wowletter virou uma ponte com profundidade, constância e visão.
Como criar a sua (de forma simples e estratégica)
Se você quiser começar a sua newsletter, o primeiro passo é escolher um tema que você vive ou observa com profundidade. Pode ser comportamento, mercado, rotina, bastidor… o que importa é ter uma visão própria sobre isso.
Em seguida, defina a frequência (semanal, quinzenal), escolha uma estrutura simples (com ou sem blocos fixos) e use plataformas como ConvertKit, Beehiiv ou Substack.
E não se prenda por ter ou não milhares de pessoas na sua base. Comece com 50, 100, 200… enfim, com o tamanho da sua base.
Uma estratégia que vale ouro e ninguém me contou quando comecei é: ofereça a wowletter inicialmente para a sua base mais engajada. É o ambiente perfeito pra sentir a sua audiência, entender como eles reagem aos conteúdos e ter uma boa reputação (isso aumenta sua taxa de abertura).
Quem lê, responde. Quem responde, compra. Tudo começa ali.
Cases de criadores e empresas que estão faturando alto com newsletters

Se você ainda tem dúvida do potencial que uma newsletter pode ter, vale olhar o case da Emily Sundberg, criadora da Feed Me. Ela trabalhava na Meta, criou a newsletter como projeto paralelo e, depois de ser demitida, decidiu apostar 100% no canal.
Hoje, a Feed Me tem mais de 60 mil leitores ativos, patrocínio de marcas de luxo e um tom editorial irônico, refinado e com estética forte.
O diferencial da Emily é que ela não escreve para todo mundo. Ela sabe exatamente com quem está falando e construiu uma base que confia na curadoria dela. O faturamento já ultrapassa os 400 mil dólares por ano.
Outro exemplo é o da Morning Brew, criada em 2015 por dois amigos da faculdade que achavam as notícias de negócios formais demais. Eles começaram escrevendo para colegas da universidade e, em pouco tempo, a newsletter viralizou.
Em 2020, ela foi vendida para o Business Insider por 75 milhões de dólares — tudo isso partindo de um e-mail com curadoria leve e inteligente.
Em junho de 2023, a ZoomerMedia abriu a carteira e investiu US$ 5 milhões para levar a newsletter canadense The Peak — referência em negócios, tecnologia e finanças, com mais de 110 mil assinantes fiéis. O negócio foi fechado com US$ 3,5 milhões em dinheiro e mais US$ 1,5 milhão em nota promissória, mostrando que até no universo das newsletters a audiência engajada pode valer (muito) como ativo estratégico.
E ainda tem gente dizendo que o e-mail morreu…
🎧 Música da Semana – “Godspeed” – Frank Ocean
Ouça aqui
![]() | Frank Ocean já usou newsletter pra compartilhar pensamentos e bastidores. Ele escrevia como quem manda uma carta pra alguém específico — e talvez por isso mesmo tanta gente se sinta próxima dele, mesmo ele aparecendo tão pouco. A música “Godspeed” tem esse mesmo tom. É íntima, escrita como um texto pessoal, feita pra durar. Assim como uma boa newsletter: não grita, mas toca. |
💬 Frase que fica é:
A newsletter virou o lugar onde o conteúdo não precisa competir com o barulho para ser lido. Ele só precisa fazer sentido.
Até a próxima dose,
![]() | Ketherin Kaffka |
WOWletter ≠ Para perfis desinKethos!
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