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Com quantos filtros se perde uma identidade? - Wowletter 10
Vocês vêm reparando no que tá acontecendo nas redes sociais?

18 de Julho de 2025 - Edição 10
Nas últimas semanas explodiram os casos de manipulação de identidade. E a gente vai falar sobre isso.
O fenômeno do “rosto universal” e por que isso viralizou
O que a neurociência revela sobre filtros e trauma
A visão da fé: aparência vs essência
Criadores que provaram que identidade vence estética
Um case real que transformou simplicidade em marca forte

1. O fenômeno do rosto universal

Uma das pautas que rolou na internet na última semana foi que a Anitta sumiu. E quando ela reapareceu, ela viralizou — porque apareceu outra pessoa.
Um rosto muito mais jovem, com alguma plástica ultra avançada, do qual todo mundo tentou adivinhar… porque era literalmente outro rosto.
Enquanto isso, no TikTok, uma mulher chamada Michelle Wood viralizou mostrando o passo a passo do seu facelift.
E realmente… o procedimento é surreal.
Ela rejuvenesceu uns 20 anos.
A série espanta e, ao mesmo tempo, normaliza.
Gera desejo por algo que não é normal.
Dá a ideia de que você precisa de um novo rosto pra começar uma nova fase.
2. O que a neurociência diz sobre isso
A psicologia e a neurociência já explicaram isso antes.
Estudos de Gabor Maté e Bessel van der Kolk mostram que o corpo guarda memórias traumáticas — e que muitos distúrbios de imagem não vêm de vaidade, mas de dor.
Não é sobre querer ser mais bonito.
É sobre querer não ser mais você.
É como se a mente dissesse:
“se eu parecer outra, talvez não lembrem mais do que fizeram comigo.”
Isso tem raízes muito mais profundas.

Frases que você ouve a infância inteira, como:
– “Você vai sair assim?”
– “Nossa, com esse cabelo?”
– “Ah, mas você não combina com isso.”
– “Esse tom não fica bom em você.”
– “Se emagrecer um pouco, vai ficar ótimo.”
O excesso de filtro nas redes não é sobre beleza.
É sobre tentar escapar de um trauma que o espelho devolve.
3. O que a minha fé mostra sobre isso
A minha fé me mostra que nada disso começou agora.
Desde Eva, existe um desejo de ultrapassar quem somos.
Na Bíblia, a serpente promete que ela seria “como Deus” se comesse o fruto.
É a promessa da performance, da autoimagem, do “seja mais do que você é”.
Mas existe uma história que me toca ainda mais:
quando Samuel foi enviado por Deus para escolher o novo rei, ele achou que seria o mais forte, o mais bonito, o mais preparado.
Mas o escolhido foi Davi.
O improvável, o pequeno, o ignorado.
E Deus falou:
“O homem vê a aparência.
Mas eu vejo o coração.”
A estética ajuda — claro. Mas não sustenta.
Ser lembrado por fora não te sustenta por dentro.
Ser visto por Deus é o que liberta de verdade.
Se você quer ser lembrado, começa pelo invisível.
4. Os criadores que regressaram com identidade (não com rosto)

📌 @dr.ricardokores – um médico que ensina infectologia com analogias visuais e educativas. Mesmo com uma estética simples, ele se tornou referência com consistência e linguagem própria.
📌 @KatieXSocials – uma social media que revelou ter medo da camêra, e conquistou milhões mostrando o bastidor real do seu trabalho.
Eles provam que quando a mensagem é forte, a estética vira detalhe.
E quando você tem algo a dizer, não precisa de mil filtros pra ser ouvido.
5. Case CNPJ Differ da Semana:

Você já viu uma loja da 25 de março viralizar?
A PLB Importadora fez isso.
Eles são um CNPJ de estrangeiros que entendeu como usar identidade como diferencial.
Mesmo sem saber o nome “branding”, eles criam uma marca memorável:
vídeos com personagens
narrativa da própria cultura
humor e roteiro acessível
bordões e jeitos de falar únicos
cenário reconhecível
É isso. Branding sem eles nem saberem o que é branding. Vale a pena conhecer e querer conhecer mais os funcionários e a criatividade.
A FRASE QUE FICA É…
Ser lembrado por fora não te sustenta por dentro.
🎧 Música da Semana: “Pretty Hurts”, da Beyoncé
![]() | 🎧 Pretty Hurts – Beyoncé (um clássico que voltou a circular nas trends… e não por acaso) |
A letra fala sobre a busca pela perfeição estética… e o vazio que ela deixa. Porque no fim, a beleza pode até chamar atenção, mas o que sustenta de verdade não cabe em um filtro.
Até a próxima dose,
![]() | Ketherin Kaffka |
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