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As trends estão matando sua personalidade? - Wowletter 12
Como parar de seguir e começar a criar

01 de Agosto de 2025 - Edição 12
Esses dias, parei pra pensar numa coisa.
Quanto mais a gente tenta se destacar usando o que tá em alta, mais parecido com todo mundo a gente acaba ficando.
Você já pensou nisso?
E tem mais — quanto mais você consome conteúdo, mais difícil é saber se você tá desejando alguma coisa porque realmente gosta ou só porque viu demais.
Essa edição não é sobre “cancelar” as trends. É sobre voltar a ter gosto próprio antes que o gosto dos outros engula o seu.
🍽️ Cardápio de hoje, ou melhor, na wowletter de hoje:
– Por que o boom das trends afeta nossa identidade
– O estudo que mostra que exclusão social dói como machucado
– Morango do Amor, Labubu e o medo de ficar pra trás
– Como ser um criador de tendências (de verdade)
– O case de Hannah Trenches e a trend do narrador
O que tá rolando com a internet (e com a gente)

Nos últimos meses, teve o boom da garrafinha da Stanley.
Depois foi o Carmed.
Aí veio o bonequinho Labubu.
E, agora… o Morango do Amor.
Antes que você pense que isso é só mais uma “trend passageira” — vale olhar com mais profundidade.
Pra mim, a pergunta não é por que essas coisas viralizam. A pergunta real é:
Por que a gente sente que precisa fazer parte disso?
Por que tanta gente corre atrás de um objeto que ontem era só um objeto — e hoje parece representar alguma coisa maior?
A verdade é que o marketing entendeu muito antes da gente que, quando algo ativa três mecanismos juntos, o desejo vem antes do pensamento!
– Prova social (se todo mundo quer, deve ser bom)
– Status simbólico (quem tem isso, parece mais interessante ou desejável)
– Escassez emocional (se eu não tiver, vou ficar pra trás)
E aí, você nem percebe…
Mas já tá desejando, mesmo que nem saiba exatamente o porquê.
O que a ciência já explicou sobre isso
Um dos estudos mais conhecidos da UCLA, feito pelo Dr. Matthew Lieberman, mostra que o nosso cérebro interpreta a exclusão social como dor física (inclusive, tem um vídeo dele no TEDx woooow, vou deixar aqui).
Sim, dor física mesmo!
Ou seja, quando você sente que tá por fora de uma trend, que não entendeu a piada, que não tem o item da vez…
Você ativa a mesma área cerebral que seria ativada se levasse uma pancada ou batesse o joelho!
É por isso que seguir o grupo às vezes nem parece uma escolha, parece um reflexo.
Não é sobre vaidade, é sobre sobrevivência social… e se você sente que isso tem ficado cada vez mais rápido, é porque tem mesmo.
O desejo coletivo tá sendo fabricado em tempo recorde e, se a gente não tiver consciência, vira só mais um elo da repetição.
O gosto não é mais seu, e você nem percebeu
É claro que você pode gostar de uma embalagem rosa, de um docinho retrô, de um bonequinho fofo.
Mas por que você gosta disso?
Alguns desejos nascem do prazer, outros nascem do medo.
E aí entra uma palavra que talvez você já tenha ouvido: FOMO
"Fear of missing out" ou "medo de estar fora".

Este é o medo de parecer deslocado, medo de não fazer parte.
Pode parecer uma coisa boba, mas talvez foi isso que você sentiu ao querer provar o morango do amor, ao postar o Labubu, ao comprar o Carmed.
Nada contra os produtos, mas pode ser que você não quisesse tanto o objeto e sim, o pertencimento que ele prometia.
Como nascem as tendências (e como criar a sua)
Existem dois jeitos de uma tendência nascer:
Ou ela nasce de um desejo.
Ou ela nasce de um incômodo.
No primeiro caso, o item vira símbolo e o desejo vem pelo que aquilo comunica.
Tipo:
– A capinha com gloss da Rhode, que virou parte da assinatura da marca;
–o body splash da Sol de Janeiro, que virou o cheiro oficial do verão no Tiktok;
– O Labubu, que virou cool justamente por ser estranho;

Já no segundo caso, a trend nasce de uma ideia ou ponto de vista… e a estética vem depois.
Exemplos:
– Ana Castela ressignificando o visual da mulher sertaneja e o desejo por ser boiadeira e usar chapéu;
– Bianca Camargo criando o universo do look de rica e gerando uma trend em cima disso;

Ambos caminhos você pode usar quando desejar criar uma tendência.
Case Differ da Semana: Hannah Trenches (@hannahtrenches)

A Hannah foi a pioneira naquela trend do narrador, lembra? Que uma voz aparecia narrando algo como “essa é a Hannah…” (quem mais conseguiu ouvir a voz do locutor ao ler isso?)
As pessoas copiaram o estilo dela no mundo inteiro.
Mas aí vem o ponto:
Nada aconteceu com ela.
A trend foi mais forte que a autora.
Todo mundo usou, mas pouca gente lembrou de onde veio. Isso mostra uma coisa importante:
Criar uma trend é diferente de construir um território.
Trend viraliza mas nem sempre constrói marca.
Se você quiser se tornar referência, precisa de mais do que um formato bom. Precisa de consistência, ponto de vista e repetição estratégica
🎧 Música da Semana – Billie Eilish, “Birds of a Feather”
Ouça aqui
![]() | A Billie é a artista mais viral do momento A música tá em alta no Instagram, no TikTok e foi parar até na série “Heartstopper” Essa não é a primeira vez que ela faz isso Billie já teve mais de 40 músicas no Top 100 global Ela É autentica, diferente de todo mundo no seu mercado e cria a própria estética |
💬 Frase que fica é:
Você pode surfar tendências ou pode virar o motivo pelo qual elas nascem.
A diferença tá em saber quem você é, mesmo quando ninguém mais parece ser.
Até a próxima dose,
![]() | Ketherin Kaffka |
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